quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Desencontros num Metrô.

Encontrar no Metrô uma pessoa que já foi uma de suas maiores referências amorosas, e não saber o que fazer. O coração dispara, e você enrubesce. Logo após, você pergunta se ele te viu, cenas do passado de vocês vem a mente. O coração desacelera, o rosto volta ao normal. Você lembra, ou até descobre, que não se importa mais. Surtando, você corta o contato com a pessoa. Apaga o telefone, desfaz a amizade nas redes sociais. Se não acabou bem, restará um pouco de "porquê-será-que-não-deu-certo?". Se foi amigável, você se pergunta se um dia poderão ser amigos. Já sabendo que, amigável ou não, sempre terão aquela tensão. Aquela coisa que faz os seus corpos conversarem. Os malditos feromônios. Confuso por tudo ser tão rápido, você embarca no vagão, sem esperar que ele te veja. Mas você fica de olho, faz questão disso. Faria questão também, de passar na frente dele, e mostrar o quão bem você está sem ele. No entanto, você fica parado, só olhando. E, no momento em que você se distrai, ele te vê. Te olha por um tempo, vai pra perto de onde você está. Os olhos se encontram. O que falam? Não saem do 'Oi'. Ele te pergunta por que não larga o celular, e você diz que está respondendo um e-mail importante. Na verdade, o celular é um escape, pra não olhar nos olhos dele. Na próxima estação, ele dá tchau, te dá um abraço e desembarca. Você continua, e atônito, guarda o celular e passa o dia pensando no ocorrido.